terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

El Pino a pino


http://www.youtube.com/watch?v=qREkvLzu_dU

Este restaurante estava em território português, a 3 km da fronteira espanhola. Os espanhóis vinham cá comer e beber, deixar receita e impostos. A ASAE fiscaliza colheres de pau, tábuas de plástico, lavagens de casa-de-banho quatro vezes por dia, coisas estranhíssimas e importantíssimas e ainda, é claro, o cigarrito da ordem.

Os proprietários do restaurante mudaram-se para Espanha e estão agora a 7 km da fronteira, mas do lado de lá. Ainda por cima, e à boa maneira espanhola, ali pode-se fumar à vontade.

Os portugueses, se quiserem, que se desloquem agora e deixem ao governo espanhol os seus impostos. Não apenas os impostos dos belos petiscos, das belas comidinhas, da bela cozinha que lá se continua a fazer sem qualquer entrave, como os impostos da estupidez, os encargos da boçalidade, os entraves da cegueira e ainda os incómodos da mais pura e dura imbecilidade.

Portugal arrisca-se a transformar-se no mais higiénico e purista dos desertos, livre de todo o mal e de todo o fumo, sem um único restaurante para fumadores mas também sem um único restaurante ou, em última análise, sem seja o que for, em suma, um sítio lindo para os senhores inspectores da ASAE jogarem à bisca lambida uns com os outros ou, quem sabe, para se inspeccionarem mútua e detalhadamente.

O mapa do fumador acaba de se internacionalizar, por conseguinte. A localidade de El Pino entrou no mapa do Portugal fumante. Se alguém souber o nome do restaurante, o endereço exacto e o número de telefone do estabelecimento, o pessoal dos puros agradece.


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