domingo, 30 de dezembro de 2007

O Fumaças vai ser proibido?

Lei n.º 37/2007
de 14 de Agosto

Aprova normas para a protecção dos cidadãos da exposição involuntária ao fumo do tabaco e medidas de redução da procura relacionadas com a dependência e a cessação do seu consumo.

Artigo 4.º
Proibição de fumar em determinados locais

1 — É proibido fumar:
a) Nos locais onde estejam instalados órgãos de soberania, serviços e organismos da Administração Pública e pessoas colectivas públicas;
b) Nos locais de trabalho;
c) Nos locais de atendimento directo ao público;
d) Nos estabelecimentos onde sejam prestados cuidados de saúde, nomeadamente hospitais, clínicas, centros e casas de saúde, consultórios médicos, postos de socorros e outros similares, laboratórios, farmácias e locais onde se dispensem medicamentos não sujeitos a receita médica;
e) Nos lares e outras instituições que acolham pessoas idosas ou com deficiência ou incapacidade;
f) Nos locais destinados a menores de 18 anos, nomeadamente infantários, creches e outros estabelecimentos de assistência infantil, lares de infância e juventude, centros de ocupação de tempos livres, colónias e campos de férias e demais estabelecimentos similares;
g) Nos estabelecimentos de ensino, independentemente da idade dos alunos e do grau de escolaridade, incluindo, nomeadamente, salas de aula, de estudo, de professores e de reuniões, bibliotecas, ginásios, átrios e corredores, bares, restaurantes, cantinas, refeitórios e espaços de recreio;
h) Nos centros de formação profissional;

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Houston, we don't have a problem

E aqui, pode?


Depois do cigarro sem fumo, aí está outra esplêndida ideia: a cabine cigarrónica. Aguardam-se, ansiosamente, novas ideias, outras engenhocas e "gadgets" que possam contribuir para a felicidade dos fumadores e para a não menos dos outros. Ali o "ansiosamente", está bem de ver, surge na frase anterior "derivado ao" vício.

Estas cabines foram pensadas mais para locais de trabalho do que para restaurantes e afins, mas sempre gostaria de entender porque diabo não existem já em aeroportos e gares, ou mesmo em aviões e comboios, por exemplo. O problema não é a inestimável saúde do "não-fumador"? Não é uma questão de "saúde pública"? E então, não se gastam milhões em coisas bem mais caras e de efeitos bem menores... ou totalmente nulos? E se for o próprio ou os próprios a pagar do seu bolso, também não pode?

Ah, pois, é a lei, e tal, e tal, e tal.

Publicado no Apdeites em 17.12.07.

Serviço Público

O blog Arrastão está a coligir dados para um ROTEIRO DO FUMADOR.

Se conhecer algum restaurante, café, bar, cervejaria, petiscaria, marisqueira, churrascaria, pizaria, gelataria, tasca, "boite", discoteca, prostíbulo*, cabaret, casa-de-pasto, pensão, hotel, albergue ou qualquer outro lugar público onde se possa fumar (cigarros), contribua para esta (verdadeira) causa: indique o nome e a localização do estabelecimento.

* "Prostíbulo" é uma palavra fina para designar aquilo que também é conhecido vulgarmente por bordel, casa de meninas, casa-de-putas, putedo, e não tão vulgarmente assim como alcouce, açougue, castelo, conventilho, alcoceifa, covil, harém, liceu (!), mancebia, porneia, porneu, putaria, puteiro, randevu (?), lupanar, serralho.

Renúncia de responsabilidades/Disclaimer
O Apdeites, enquanto sítio de respeito em geral e de tento na língua em particular, declina liminarmente qualquer espécie de responsabilidade que lhe possa ser assacada pelo facto de transcrever neste "post" o mais do que insuspeito, extremamente respeitável e científico até ao tutano "Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa". À cautela, que os tempos de vigilância pidesca não vão para brincadeiras, mais declara - o autor do dito sítio - que não poderá nunca ser acusado de incitação à prostituição, ou palermice que o valha, pelo simples facto de aqui ter arrolado uma série de sinónimos para a expressão "casa-de-putas", já que a finalidade deste arrolamento é meramente pedagógica e nunca por nunca outra merda qualquer. Por conseguinte, caros vigilantes da blogosfera, rameira que vos pariu.


Publicado no Apdeites em 17.12.07

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Como? Perdão? Desculpe?

VII. Transpor para a realidade de cada local as seguintes directivas gerais:
i) Tornar acessíveis preservativos e lubrificantes aquosos, de forma simples e discreta, sem que os utilizadores sejam obrigados a requerê-los;
ii) Tornar acessível a lixívia e fornecer instruções claras sobre o seu uso;
iii) Tornar acessível o equipamento para tatuagem e piercing, bem como os respectivos consumíveis, assegurando o acesso a material não contaminado;

Plano Nacional de Combate à Propagação de Doenças Infecto-Contagiosas nas Prisões, de 20.07.06


Diz o Correio da Manhã de 07.09.06: Prisões: «Medidas de prevenção para evitar contágio. Preservativos à discrição».

Diz o Portugal Diário de 03.11.06: «Segundo a DGSP, "brevemente será implementado um plano de que visa intensificar o controlo do tráfico e consumo de estupefacientes em meio prisional, juntamente com a aplicação de novas medidas relativas à saúde prisional", nomeadamente a distribuição de seringas, a introdução de kits de agulhas para piercings e tatuagens e ainda preservativos e lubrificantes.»

Diz o Jornal de Notícias de 04.11.06: «Por outro lado, haverá novas medidas no que concerne à saúde em meio prisional, com a distribuição de seringas, introdução de kits de agulhas para piercings e tatuagens e, ainda, distribuição de preservativos e lubrificantes.»

Digo eu, agora mesmo: e anda tudo a discutir se se pode fumar ou não nas prisões? Chutar na veia, pode. Pendurar quinquilharia em qualquer parte do corpo, pode. Fazer gravuras rupestres em si próprio, pode. Usar camisinha, não vá o companheiro de cela engravidar, ou assim, pode. Usar vaselina, sem ser propriamente para olear as fechaduras, pode. Mas lá fumar o seu cigarrito, não, isso é que não pode.

Manicómio.

Publicado no Apdeites em 14.12.07.

domingo, 9 de dezembro de 2007

O primeiro de Janeiro

11º Mandamento: Não Fumarás!
No próximo dia 1, termina oficialmente o maior problema que a humanidade enfrenta e oficiosamente deixam de existir quaisquer outros de semelhante gravidade. Pela primeira vez na História, os mais bem intencionados dos seres humanos conseguirão tornar o planeta Terra habitável, saudável ou, numa palavra, agradável.

Como sempre acontece quando um problema é resolvido, também neste caso algumas vozes se levantam em protesto; bem, não se levantam lá muito, ele é mais uns murmúrios e umas rosnadelas, e assim. Ainda restam por aí uns quantos (pouquíssimos) criminosos que alvitram coisas vagas e soezes como o seu "direito à escolha", por exemplo; que "nos meus pulmões mando eu", dizem eles; que se alguém quer dar cabo da sua própria saúde, isso é com cada qual, dizem eles; dizem também, entre duas baforadas do seu nojento vício, que os antitabagistas militantes são uma cambada de pides ressabiados, delegados do Santo Ofício no armário, patrulheiros higienistas, sádicos, pervertidos, racistas, nazis.

Tretas. Não é nada disso.

A legislação está aí, clara e transparente, os meios de repressão a postos, a opinião pública em geral perfeitamente formatada e de acordo: a partir do próximo primeiro de Janeiro, fumar é crime. Pim.

Aquilo que por fim se conseguiu não tem nada a ver com a liquidação de qualquer liberdade individual, muito menos a liberdade de escolha ou o direito a cada um decidir aquilo que é melhor para si próprio. O que agora toma forma de lei geral, universal, transversal, vertical, horizontal, etc. e tal, está completamente isenta de qualquer intenção menos abonatória: não existe nela qualquer atitude persecutória em relação a modos de vida, hábitos pessoais, idiossincrasias ou sequer ao carácter específico deste ou daquele indivíduo.

Fumar não é, nunca foi, um acto individual; pelo contrário, é iminentemente colectivo, pela simples razão de que se um fuma, então toda a gente em volta dele está fumando também. Por conseguinte, em nome da liberdade e da saúde dos outros, muitos, é absolutamente necessário que alguns, poucos, deixem de empestar o ambiente. Isso é igualmente benéfico para os próprios, nitidamente, e é algo que apenas espíritos doentios e mentes maldosas poderão persistir em negar ou sequer objectar alguma coisa a respeito. É também, ou principalmente, a esses mesmos viciados que se dirige a legislação do primeiro de Janeiro: há que fazê-los ver a luz, forçá-los a viver num ambiente saudável ou, em última análise, em não sendo outra coisa possível, espetar com eles no chilindró. Talvez assim se curem por si mesmos, sem dar outras despesas e maçadas à boa sociedade. Nos casos de maior renitência ou relapso, e ainda no que diz respeito àqueles que se atreverem a levantar cabelo, há que persistir na cruzada, sem desfalecimentos nem hesitações, uns banhos gelados de agulheta, umas chapadas nas trombas ou umas quantas pauladas valentes pelos lombos. Se não vai a mal, pior para eles, essa corja abjecta.

Os números falam por si e os cadáveres estão aí, à vista de quem quiser ver, para o provar à saciedade. Essas cifras, essas terríveis estatísticas, não foram nunca exageradas, mistificadas, aldrabadas. As fotografias dos cadáveres, a 256 cores, ou mais, ilustrando o cancro do pulmão e de outras maleitas ainda mais aborrecidas, não foram retocadas ou de alguma forma trabalhadas para inspirar terror. Quase nada nessas fotos ou nos filmes, documentários, estudos, documentos, palestras e conferências sobre o assunto, e também quase nada nas manifs de catarse do Mal brônquico se refere à emissão e à inalação de milhões de toneladas de fumos dos escapes dos automóveis ou dos altos fornos industriais. A seu tempo, é claro, também resolveremos essas chatices, mas para já aquilo que pretendemos - haja calma, uma coisa de cada vez - é lixar os fumadores de uma vez por todas.

Note-se que absolutamente nenhuma das pessoas mais dedicadas à causa do antitabagismo tem a mais ínfima espécie de ressentimento pelo facto de lidar mal com o prazer em geral e com os prazeres alheios em particular. Ninguém é movido por instintos predatórios, e muito menos com raiva incontrolável ou mal resolvida, contra aquilo a que os monomaníacos chamam "pequenos prazeres da vida". Nem um só desses justos militantes sente o mais ínfimo gozo por poder, com autoridade moral, institucional e legal, mandar alguém apagar um cigarro. Nenhum, mas absolutamente nenhum, imagina sequer estar ele próprio viciado, já a um nível de dependência física e psíquica, no poder do mando; nenhum necessita da sua dose diária, cada vez mais sistemática e obsessiva, desse pó de mando, desse apetitoso autoritarismo. Todas estas maldosas alegações não passam, por conseguinte, de efeitos colaterais de que tipicamente padecem os fumadores.

Enfim, companheiros: conseguimos. Essa é que é essa. Poderemos agora, porque atingimos os nossos objectivos, tranquila e impunemente confessar que o velho e relho argumento do "fumo passivo" era uma patranha para enganar totós. Foi uma galga muitíssimo bem esgalhada (hihihi, ai que riso) e serviu na perfeição para a nossa estratégia, superiormente delineada. Sim, porque afinal, reconheçamo-lo sem medos, se não fosse essa belíssima e inocentérrima patacoada, não teria sido nada fácil chegar a isto, a este nosso primeiro primeiro de Janeiro não-fumador.

Mas ai. Nem de propósito. Agora andam por aí uns tipos (mas esta malta não desiste?) a apregoar uma coisa que é os cigarros sem fumo. Diacho. Bem, e agora, hem, companheiros? O que havemos de inventar para lhes lixar o esquema? Com isto, onde já se viu, assim o paleio de chacha já não cola. Há que derrubar, e é já, essa coisa dos "cigarros sem fumo", caramba! Há que pôr essas cabecinhas a trabalhar, como dizia o outro, "é urgente", vá lá, depressa, desenrasquem aí outra coisinha mimosa, assim uma frasezinha lapidar do género da outra, sei lá eu bem, assim de repente, ó chatos do caraças. Sinceramente, não me ocorre porra nenhuma.

Isso depressinha, ouvistes? Quando não, não tarda nada temos aí esses malditos viciados outra vez a dar à nicotina, ao nosso lado no café, no autocarro, no avião, na mesa do lado, na casa do lado, em suma, em todo o lado. E isso, é claro, nós não vamos permitir. Ai isso é certinho.


ó tu que fumas, pá!



Cigarro sem fumo: notícia no Daily Mail e artigo no site Escape.
Imagens de Daily Mail e blog Último Reduto.

Estatísticas
Tempo que levou a escrever este panfleto: 6 cigarros.
Tempo que leva a ler esta porcaria: 6 Smarties (cuidado com o fígado).
Esperança de vida do autor: 24 horas, pelo menos.
Esperança de vida do leitor: 150 anos, pelo menos.


Publicado no Apdeites em 09.12.07.

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Os dias da raça


arroz de cabidela
Tabaco
galheteiros
paliteiros
pauliteiros
jaquinzinhos
Bolos na praia
brinquedos com arestas

brinquedos sem arestas fabricados na China
restaurantes chineses
chinesas
chapeuzinhos chineses para bebidas
chapeuzinhos de Taiwan para bebidas
bebidas para pôr debaixo dos chapeuzinhos
colher-de-pau (os talheres de plástico, pode)
assadores em barro
bolas de Berlim
pão caseiro
queijo caseiro
comida caseira
seja o que for caseiro
caseiros
sem-abrigo não licenciados
sem-abrigo licenciados
Ginjinha do Rossio
ginjinha sem ser do Rossio
aguardente de medronho
vinho "americano"
jeropiga
zurrapas em geral
etecetera





Companheiros, amigos e camaradas.

Se ansiamos por uma raça pura e saudável. Se queremos uma sociedade higiénica e bem cuidada, para sempre livre de mistelas e de misturas. Se desejamos o apuro e o aprumo do português verdadeiro, antiquíssimo, vetusto, porém moderno e avançado, superior mesmo. Se é isto que pretendemos, acima de tudo, então estamos no bom caminho. (aplausos)

Não se trata exactamente de seleccionar os elementos mais preparados e geneticamente mais aptos. O que se pretende é apenas e tão só normalizar características para uniformizar carácteres e para formar, num futuro não muito distante, o novo homem lusitano: já não atarracado, analfabeto e de bigode, mas alto, de porte atlético, entre um metro e setenta e cinco e dois metros e dez, cento e vinte quilos no máximo, oitenta no mínimo, desportista militante, praticante de "jogging" e adepto de comida vegetariana, evidentemente não fumador, alérgico a tudo quanto cheire a álcool e a "junk-food". Eis pois o novo Português, esse que hoje é muitos e que amanhã será milhões, transpirando confiança, o capacete e as botas rebrilhando, sempre impecável no seu uniforme, orgulhoso e de porte militar, mai-la sua inconfundível conduta marcial. (aplausos)

O futuro apresenta-se radioso. Livres por fim e para todo o sempre do fumo, da comida de plástico, da ginja com elas e sem elas, dos automóveis sem dois catalizadores, dos enchidos não embalados a vácuo e de porcarias que tais, seremos os mais venturosos habitantes cá do torrão pátrio. (aplausos; gritos de "viva Portugal")

Liquidemos sem piedade essas outras ignomínias que ainda por aí empestam os ares, os vendedores de castanhas com os seus nojentos triciclos, aquelas mulherzinhas gordurosas, obesas, horrorosas, aquelas que vendem gelados e pacotes de batata frita nas praias. Trucidemos, por nossa fé e eivados da mais elevada crença, todos esses malvados alfarrabistas e antiquários, essa gentalha das coisas antigas, e velhas, e em segunda mão, queimemos-lhes a livralhada cheia de bicho e os tarecos infestados de caruncho. Encerremos sem dó nem piedade esses antros de micróbios e de salmonelas sortidas, as petisqueiras, com as suas moelinhas e as pratadas viscosas de caracóis e caracoletas, as casas-de-pasto e as tascas onde o pessoal se emborracha com tintol de péssima qualidade, e com imperiais servidas em copos nojentos, (aplausos) e com bagaços feitos sabe-se lá de quê, e tudo aquilo cheio de baratas e de cascas de pevides, o chão todo escarrado, uma estrumeira, que aquelas coisas só à base de lança-chamas, ou à bomba. Também disso havemos de dar conta, nós outros, não tarda nada. (aplausos; palavra de ordem: "somos o futuro")

Vale a pena a luta, camaradas. O futuro é já ali ao virar da esquina. Os sub-humanos já nem sabem onde se hão-de enfiar, agora que os fizemos saltar das suas tocas imundas. Havemos de encerrá-los a todos em guetos, onde poderão ainda - enquanto os deixarmos - fumar os seus malditos cigarros e assar as suas chouriças. (aplausos) E depois, camaradas, o próprio tempo se encarregará de os exterminar. Quanto àqueles que restarem, digamos, num prazo razoável, uns anos, poucos, teremos então a oportunidade histórica de os varrer para sempre da face da Terra. Não tenhamos medo das palavras, camaradas: há que levar a cabo a solução final, a verdadeira, a única, e com urgência. (aplausos)

Não toleraremos mais nem por mais tempo os velhadas inúteis, os aleijados, os estropiados, os inválidos em geral, toda essa escumalha que nada faz e tudo quer, esses malditos judeus dos tempos modernos, essa cambada de parasitas e agiotas, esses cabeludos malcheirosos que nunca vestiram um só fato-de-treino em toda a sua vil e desprezível existência. Aquilo é como as ratazanas, camaradas, não merecem mais do que o destino que lhes está traçado nos genes, a fogueira, o forno; pó e nada, eis o seu destino e a sua razão de ser. (aplausos)

Para que a nossa gloriosa raça sobreviva, é absolutamente necessário que desapareça a corja de inúteis e parasitas que vegetam à nossa sombra e que devoram as nossas sobras. Se eles não sabem a desgraça que são, se desconhecem a sua inutilidade e se recusam a sua evidente inviabilidade, se necessitam de quem lhes diga as coisas, se é preciso que alguém lhes explique, se precisam de quem lhes mostre uma solução, então nós dizemos-lhes, nós explicamos-lhes, nós mostramos-lhes: o vosso futuro está todo ali, naquela chaminé!

Até à vitória!

(ovação; palavra-de-ordem: "chaminé, chaminé")


publicado no Apdeites em 26.11.07